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Técnica do DNA familiar: uma ferramenta na resolução de crimes.

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Enquanto alguns métodos tais como a análise de fios de cabelo e a comparação de marcas de mordida tem sido alvo de críticas sobretudo com a falta de bases científicas, o teste de DNA permanece como a principal ferramenta para a investigação criminal baseada em ciências forenses. Que o DNA forense tem revolucionado a área da segurança pública isso, de fato, é incontestável. O desenvolvimento tecnológico nos últimos anos tem mostrado isso. Da recuperação de poucas células em locais de crime, a capacidade cada vez maior de análise e o uso de banco de dados traz um quadro estatístico de resultados de quase infalibilidade ao uso deste recurso poderoso. Mas nem tudo são rosas. Ainda há casos criminais que mesmo tendo perfil genético desenvolvido a partir de uma cena de crime ainda se tem grande dificuldade em chegar ao autor. Para estes casos um recurso alternativo, que consiste em expandir o banco de dados de DNA, tem sido utilizado e tem demonstrado resultados. É a chamada pesquisa

Quais as armas as mulheres utilizam mais... para matar???

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Todos sabemos que os homens cometem muito mais homicídios que mulheres - cerca de 90% - segundo dados do FBI. Mas quando as mulheres matam, quais as ferramentas preferidas delas??? Uma revisão de dados de mais de 195 mil casos de homicídios cometidos entre 1999 e 2012 foram compilados para verificar esta e outras questões quando o assassino, o algoz, é do sexo feminino. Os resultados demonstraram que quando o assunto é matar as mulheres tem preferência em utilizar uma diversidade maior de meios de provocar a morte do que os homens que, na sua grande maioria preferem usar armas de fogo. Enquanto os homens preferem utilizar duas vezes mais armas de fogo que mulheres, estas preferem usar mais armas brancas e outras formas homicidas do que os homens. Entre  as diferenças entre assassinos masculinos e femininos um interessante aspecto a ser mencionado é que o envenenamento é muito mais usado por mulheres (2,5%) do que por homens (0,4%). Isto é, assassinas mulheres tem a probabi

Mudança nos níveis de expressão gênica em tecidos pode ser utilizado para determinar o tempo de morte em cadáveres

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Conhecer o tempo da morte ou intervalo pós mortem (IPM) é uma informação crucial no curso de uma investigação de homicídio. Métodos normalmente utilizados visam observar as transformações cadavéricas e, a partir delas, tentar estimar o tempo decorrido após a morte. A tríade da morte, como é conhecido as três alterações muito utilizadas para determinação do IPM são Livor, Algor e Rigor, os quais fazem referências ao aparecimento de manchas hipostáticas, perda de temperatura do corpo e rigidez muscular, respectivamente. A genética, que é utilizada na prática pericial para determinação de identificação humana de fluídos biológicos coletados na cena de um crime, agora pode ser utilizada também para determinação do IPM. Isso graças uma extensa e nova pesquisa sobre a atividade genética do tecido humano após a morte!!! Um grande consórcio de geneticistas e biólogos moleculares tem medido a atividade genética de tecidos de pessoas vivas e mortas. Já foi descoberto que alguns ge
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Avaliação macroscópica e eficiência do perfil de DNA de dentes carbonizados Sci Justice. 2016 Dec;56(6):437-442. doi: 10.1016/j.scijus.2016.06.006. Epub 2016 Jun 16. Artikel by: Joe Adserias Garriga, Douglas H. Ubelaker, Sara C. Zapico A identificação de restos mortais humanos após carbonização e incineração é extremamente desafiadora. Neste estudo foi verificado a eficiência da análise de DNA em dentes carbonizados em condições de temperatura e tempo controlados. Ao todo 28 dentes foram expostos a temperaturas variando de 100 até 700 °C por 1 a 15 minutos de exposição. Os resultados mostraram mudanças na coloração dos dentes que correspondem aos estágios de incineração/calcinação. Além disso, houve um padrão diferencial de calcinação na estrutura do dente. Por exemplo, a raiz foi calcinada a 400 °C enquanto a coroa a partir de 500 °C por 10 minutos. As camadas mais internas mostraram menor grau de alteração pelo fogo. Foi possível extrair DNA de quase todas as amos

Investir na Perícia Oficial é desperdício de dinheiro?

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Alguns colegas das forças de segurança pública já me disseram que investir na perícia é jogar dinheiro fora, um desperdício. Fiquei me perguntando isso. Será mesmo que investir em perícia não dá resultado?? Será mesmo que Não tem retorno esperado?? Pois bem, pensei e cheguei à seguinte conclusão. Primeiro, esse não é um questionamento que eu, Perito Oficial, tenho que responder. Pois não sou eu o beneficiário dos laudos que emito. Muitos atores dentro da máquina judiciária faz uso do laudo pericial. Delegados, promotores, advogados, Juízes. Entretanto, a verdadeira resposta vem da sociedade. Pergunte ao um homem, preso sem provas, acusado injustamente que precisa de um laudo pericial pra provar que é inocente, pra saber se investir em perícia é desperdício. Isso acontece todo o dia. Vide https://noticias.r7.com/cidades/homem-preso-injustamente-luta-por-indenizacao-apos-contrair-hiv-em-estupro-no-presidio-10012014 Pergunte a um pai ou uma mãe que teve uma filha ou filho
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Laudo do Instituto Médico Legal em Manaus constatou não haver água nos pulmões da Fisioterapeuta Carmem Alves da Silva de 38 anos. Após autópsia efetuada por um Perito Legista constatou-se que a morte de Carmem não foi por afogamento como foi dito logo que o corpo foi encontrado na praia da Ponta Negra no último dia 8 de dezembro durante um evento. O laudo necroscópico além de determinar a causa da morte pode auxiliar no esclarecimento do modo como ocorreu o evento e será peça importante considerado como prova técnico-científica dentro do processo penal. O fato de não haver encontrado água nos pulmões leva a considerar que Carmem já estaria morta quando caiu no rio. Esse dado revelado durante a autópsia implica na verificação da veracidade dos testemunhos. As pessoas que estavam na Lancha onde Carmem foi vista pela última vez com vida foram ouvidas pela polícia na segunda feira. Os testemunhos dados se confrontados com o Laudo Pericial Necroscópico pode revelar o ocorrido na mad