Ainda sobre o tema análise de entorpecentes, uma das áreas mais demandadas em diversos institutos de criminalísticas no Brasil, é no mínimo estranho que poucas são as intituições que detem um Cromatógrafo Gasoso para as análises com maior rigor científico e que possam subsidiar laudos mais críveis sobre o ponto de vista processual. Mas deixando um pouco de lado as opiniões segue um esboço da ciência por trás da perícia.


Uma cromatografia gasosa é uma análise química instrumental por separação de compostos químicos e uma amostra complexa. Uma cromatografia gasosa usa um tubo estreito através do qual se dá o fluxo conhecido como coluna, através do qual diferentes constituintes de uma amostra passam em uma corrente de gás (gás condutor, ou transportador, a fase móvel) em diferentes taxas dependendo de várias propriedades físicas e químicas e suas interações com um específico recheio da coluna, chamada fase estacionária. Como os composto químicos saem no final da coluna, são detectados e identificados eletronicamente A função da fase estacionária na coluna é seperar componentes diferentes, causando a cada um saída da coluna em um tempo diferente (tempo de retenção). 
Outros parâmetros que podem ser usados para alterar a ordem ou tempo de retenção são a taxa de fluxo do gás condutor e a temperatura.
Em uma análise CG, um volume conhecido de analito gasoso ou líquido é injetado na entrada da coluna, geralmente com o uso de uma microseringa (ou com fibras de microextração de fase sólida, ou ). 
 
Conforme o gás carreador leva as moléculas do analito através da coluna, essa movimentação é inibida pela adsorção das moléculas do analito nas paredes da coluna ou no material do empacotamento da mesma. A taxa com que as moléculas progridem ao longo da coluna depende da força da adsorção que, por sua vez, depende do tipo de molécula e do material da fase estacionária. Uma vez que cada tipo de molécula tem uma taxa de progressão diferente, os vários componentes da mistura de analito são separados conforme progridem ao longo da coluna, chegado ao fim dela em momentos diferentes (tempos de retenção). Um detector é empregado para monitorar o fluxo de saída da coluna. Assim, o momento em que cada componente sai da coluna, e a quantidade deles, pode ser determinada. Geralmente, as substâncias são identificadas (qualitativamente) pela ordem com que emerger (eluem) da coluna e pelo tempo de retenção do analito na coluna.
 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Video: Uso de luzes forense na busca de evidências

Perito Criminal - Função Essencial à Justiça

MPF/TO aciona Perito Criminal (ex-professor da UFT) por acumular cargos públicos