Criminalística de Goiás entre as melhores da América Latina
Inaugurado em maio de 2008, o Instituto de
Criminalística Leonardo Rodrigues, em Goiânia, é considerado um dos
melhores da América Latina. Com 104 servidores, 6.200 metros quadrados
de área construída, mais de 50 salas distribuídas em três pavimentos
(térreo, 1º e 2º andar) e diversos laboratórios, custou aos cofres
estadual e federal cerca de R$ 7 milhões.
Equipado com scanners,
computadores, microscópios, GPSs e centrífugas, entre outros
equipamentos que parecem saídos de filmes de ficção científica, o IC é
uma unidade da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC),
subordinada à Secretaria de Segurança Pública e Justiça (SSPJ). Seus
servidores realizam um trabalho considerado ponto-chave em todas as
investigações criminais, tanto pela atuação em crimes de grande
repercussão e que parecem ser de difícil solução, quanto pelos seriados
que mostram peritos utilizando ciência e tecnologia para desvendar casos
complexos.
Sob a gerência do perito criminal
Rodrigo Pedrosa, conta hoje com laboratórios de Papiloscopia, Evidências
Diversas, Meio Ambiente, Áudio e Vídeo, Informática, Retrato Falado e
Desenho, Documentoscopia, Biologia e DNA, Química, Balística, Fotografia
e Identificação Veicular. O plantão 24 horas realiza perícias em casos
de acidentes de trânsito, engenharia, homicídios e crimes contra o
patrimônio.
São duas as áreas de atuação dentro
da perícia criminal: o trabalho de campo, quando os peritos saem para a
rua e vão ao local do crime coletar indícios para produção das provas e o
trabalho nos laboratórios, no qual os peritos fazem análise dos
materiais coletados nos locais dos crimes.
Emoção
Os
peritos do IC trabalham com o sofrimento, a perda, a dúvida, o medo e a
revolta. Só quando apresentam resultados que contribuem para que a
justiça seja feita recebem demonstrações de gratidão e alívio e algum
reconhecimento.
Todos definem a profissão como
sendo maravilhosa, pois a cada dia há casos diferentes. É complicado,
porém, segurar a emoção. São muitas as ocorrências que provocam
indignação e revolta, isso quando não são verdadeiros desafios. Todas as
emoções, porém, são usadas como elemento motivador.
Qualificados
para deixar as emoções pessoais em segundo plano, os peritos têm em
mente que não trabalham para condenar ou inocentar, mas sim para dar
subsídios para uma investigação honesta. “Somos cientistas e precisamos
ser técnicos. Não podemos nos emocionar. Muitos casos são difíceis, mas
precisamos frear (as emoções). Nossa função é coletar, analisar e
desfazer dúvidas”, explica Neide Gondinho, do laboratório de DNA.
Comentários
Postar um comentário